terça-feira, 22 de abril de 2008

Amor eterno.

Quando Alex, inspirado, jurou amor eterno à Diane, todos os presentes ficaram emocionados. O que ninguém sequer sonhava, era o que ele entendia por eternidade. No terceiro dia da lua-de-mel, Diane não resistiu às dores e hemorragias e morreu. Alex ficou desesperado. Até àquele momento, só tinha conseguido comer uma das pernas dela. A idéia de mantê-la viva, como técnica de conservação, havia falhado. E, agora, já não sabia como preservaria tanta carne. Ele amava aquela mulher mais do que tudo. De tal forma que o único meio que encontrou para eternizar o seu amor, foi num ritual antropofágico. Mas, ao invés da coragem dos inimigos, como procuravam as antigas tribos, ele queria absorver todo o amor daquela mulher perfeita. Por vários dias continuou a comer a carne da esposa. Tirava as fatias, preparava e comia com devoção. O problema foi que nem tudo pôde ser congelado. Mas Alex acabou por encontrar uma solução, deu ao seu Rottweiler as partes que já não conseguia comer. No dia seguinte, comeu o cão.

4 comentários:

fernando lucas disse...

BUUUAAAAHAHAHAHAHAHHAHA!

Paulo Stenzel disse...

"Amor eterno" foi escrito ao som de "Overdriver" - Singapore Sling

(in)confessada disse...

um homem devoto mas prático!

(vou voltar, pela originalidade)

Nuno Guronsan disse...

Mais uma história de arrepiar. Pela temática gastronómica, quase que podia relacionar com este meu texto.

Abraço.